quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MENTECAPTOS

(Inspirado no livro “O Grande Mentecapto” de Fernando Sabino)


Existem viramundos em todo o lugar

Sempre há alguém a andar

Sem ter onde ir nem pr'onde voltar

Enquanto o mundo girar

Quem sabe onde os encontrar (?)

Sabino nos soube contar:


A poesia de ser

Um qualquer...


Viramundo

Rodou o mundo

Como um vagabundo


Sem nome a se chamar

Idade pra se contar

Alguém pra se cuidar

Por Minas a vagar

Ou qualquer outro lugar

Sem se preocupar


Sem ter que saber

Quem se é!


A vida inteira

Sem eira nem beira

Sem fronteira


(Alle Rodrigues)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

3 desejos:

Escrevo versos desde que obtive o mínimo domínio necessário da Língua Portuguesa, que no meu caso, deu-se aos 8 anos. Com 13, me lembro de querer pertencer à Academia de Letras – ser imortal! *-*

# 1º desejo

O tempo passou e eu contei pra ninguém meus dias em torpes rimas. Até que aos 31, “um pouco de quase tudo” já tinha acontecido; quis ser então a nova “Monteiro Lobata”! rs

# 2º desejo

Chamo-me Alle Rodrigues e descobri outro dia que “alle” em “al(l)e-mão” significa “tudo” ou “todos”! Agora, três desejos já não me bastam! Também quero, quando crescer, ser artista de circo! Ops!

# 3º desejo

(hehehe)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um segundo depois.

Renan - do bom e velho francês, a língua de Rimbaud e Baudelaire - significa "foca". Apesar dos entraves morais que isso me acarreta, não perco o fio da meada. Chamo-me Renan Rosenstock. Nome afrescalhado, eu sei. Achei que me dariam mais ouvidos: fraqueza nos versos, força no nome. Escrevo versos desde a tenra adolescência. Antes, com menos labor. Hoje, com menos encanto. Ando num desses processos de reavaliação da escrita; tenho um caso de amor e ódio com a poesia. Quando está pronta, somos como casais passeando de mãos dadas no shopping. Quando estou a escrevê-la, somos como casais brigando por causa do controle da TV, da louça suja ou ainda, em casos extremos, é ela [a poesia] reclamando de "dor de cabeça", quando eu a desejo. Tenho me permitido também escrever "pateticidades ficcionais em forma de prosa". Tenho duas saídas pra divulgar o que escrevo: uma é o recanto das letras. Mas lá qualquer pessoa pode publicar. Então foi fácil. E tenho um blog chamado Outros Cais. Há algum tempo persisto nele e me sinto como um dono de livraria no meio da BR-364. Ninguém para. Um ou outro, só. Pra cá, pra essa nova tendência, com companhias que sabem o que escrevem, tentarei ser um tanto bom, ainda displicente e petulante, mas com uma escrita legível. Ou não. Porque nem sempre. Pra finalizar, eu só diria que: é nóis que escreve, Pessoa.

- Post escrito ouvindo Máscara, do Rômulo Fróes. E, lá fora, uma garoa leve, quase invisível e insistente, como tem sido a vida.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

a primeira que passa.

Apresento-me: Cinthia Andressa de Lima, nascida dessa terra, criada no meio do mato, bicho arredio que jovem veio para "cidade grande", e que aqui, um dia, sentiu-se em casa. Uma quase falida universitária, mãe, que sou de sentimentos possessos, de qualidades modestas, de vontades enormes, de muitos livros na estante, de pouco viajar, de tanto querer, de quase nada saber. Sob a sombra de grandes escritores me vi desejando loucamente ser como eles, sem a pretensão de ser imortal, apenas a necessidade etérea de fazer o que eles faziam/fazem: escrever. Foi assim que desde sempre rabisco por ai, de cadernos a blogs sem futuro, de paredes a pedaços de papéis ilegíveis. Não me considero poeta, não me considero consistente, mas, considero-me uma boa leitora, uma possível aprendiz. Não me indico como leitura para ninguém, mas quem escreve quer ser lido, e se queres ler, puxa a cadeira, está aí: minhas divagações, meus devaneios, e a verdade é que no fundo não passa disso: lamentações, lamúrias. Minha construção é feia e desnecessária, pois sou eu em cada uma dessas palavras e de cada uma que escrevi em toda minha vida. Então, desconsidere a falta de pretensão e o animo abalado, talvez seja o caos momentâneo, talvez a hora tardia, o frio em pleno Agosto. Enfim, sinta-se a vontade para fazer o que quiser e releve a falta de refinamento.

Comecemos, pois.