quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um segundo depois.

Renan - do bom e velho francês, a língua de Rimbaud e Baudelaire - significa "foca". Apesar dos entraves morais que isso me acarreta, não perco o fio da meada. Chamo-me Renan Rosenstock. Nome afrescalhado, eu sei. Achei que me dariam mais ouvidos: fraqueza nos versos, força no nome. Escrevo versos desde a tenra adolescência. Antes, com menos labor. Hoje, com menos encanto. Ando num desses processos de reavaliação da escrita; tenho um caso de amor e ódio com a poesia. Quando está pronta, somos como casais passeando de mãos dadas no shopping. Quando estou a escrevê-la, somos como casais brigando por causa do controle da TV, da louça suja ou ainda, em casos extremos, é ela [a poesia] reclamando de "dor de cabeça", quando eu a desejo. Tenho me permitido também escrever "pateticidades ficcionais em forma de prosa". Tenho duas saídas pra divulgar o que escrevo: uma é o recanto das letras. Mas lá qualquer pessoa pode publicar. Então foi fácil. E tenho um blog chamado Outros Cais. Há algum tempo persisto nele e me sinto como um dono de livraria no meio da BR-364. Ninguém para. Um ou outro, só. Pra cá, pra essa nova tendência, com companhias que sabem o que escrevem, tentarei ser um tanto bom, ainda displicente e petulante, mas com uma escrita legível. Ou não. Porque nem sempre. Pra finalizar, eu só diria que: é nóis que escreve, Pessoa.

- Post escrito ouvindo Máscara, do Rômulo Fróes. E, lá fora, uma garoa leve, quase invisível e insistente, como tem sido a vida.

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